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Fundação Cultural

29/12/2020 - Descerrada placa nominando Professor Antônio Carlos a Fundação Cultural

O prefeito também acompanhou fixação de fotos na Galeria de ex-presidentes 

“Uberaba se engrandece ao nominar a Fundação Cultural de Uberaba como Professor Antônio Carlos Marques, e no seu bicentenário nada melhor do que homenagear um ícone como esse que com muita competência e amor que trabalhou pela nossa cultura”. A afirmação é do prefeito Paulo Piau ao descerrar a placa em homenagem ao seu ex-presidente e fundador, na manhã desta terça-feira (29). Na ocasião foram inseridas as fotos da ex-presidente Janine Basílio e do atual titular, Marcelo Palis de Vasconcelos na Galeria dos presidentes.

Segundo o prefeito, a Fundação tem importância enorme para a sociedade uberabense. “Quando os recursos ficam escassos a cultura, a arte e o esporte muitas vezes são colocados em segundo plano. No entanto, Uberaba é uma cidade diferenciada porque tem história, cultura e arte e o uberabense precisa ter muito orgulho dela”, disse. 

Essa denominação nasceu de ofício do vereador Rubério Santos logo após o falecimento do jornalista e professor em 15 de junho de 2019. Com a chegada do presidente Marcelo Palis a ideia foi retomada e relembrada ao prefeito Paulo Piau de pronto a abraçou determinando a elaboração do decreto.

Rubério destacou o trabalho do estudioso Antônio Carlos Marques, que também era jornalista, como o vereador. “A exemplo de outras fundações que levam o nome de pessoas que abnegaram de suas vidas e até saúde para se dedicar à determinada área, o professor viveu a Fundação Cultural. Ao sugerir esse nome pensei que ninguém era tão envolvido em todos os cantos da cultura de Uberaba do que ele. Tenho muito orgulho de ser o condutor dessa ideia”, destacou.

A família do homenageado, representada pela viúva Elita de Fátima Ribela, e as filhas Thaynara e Thalita estava bastante emocionada. De acordo com Thaynara essa é a realização de um sonho. "A vida do nosso pai e a nossa se passaram dentro da Fundação Cultural de Uberaba. Nem nos maiores sonhos o meu pai imaginava uma homenagem dessa grandeza e o quanto as pessoas gostavam e o admiravam. Estamos muito gratos pelo reconhecimento”, disse. A filha Thaiana estava fora de Uberaba.

O ex-presidente da FCU, vereador Ronaldo Amâncio destacou o Projeto Por do Sol de autoria do professor Antonio Carlos feito no coreto da Praça Rui Barbosa e o Circo do Povo que era a “menina dos seus olhos”.

O presidente Marcelo Palis, salientou que o nome do professor Antônio Carlos é extremamente respeitado e querido no meio cultural e, especialmente, por aqueles que o conheceram e tiveram a honra e o prazer de trabalhar com ele. “Os colaboradores que fazem parte da nossa dedicadíssima equipe ficaram emocionados com a notícia, demonstrando o carinho, respeito e saudade que sentem pelo mestre. Ele viveu a cultura o tempo todo e a conhecia profundamente”, concluiu. 

Histórico - O jornalista e professor Antônio Carlos Marques foi um dos fundadores da Fundação Cultural de Uberaba, em 1981, durante o governo do ex-prefeito Silvério Cartafina Filho.

Professor por quase 40 anos e jornalista licenciado em artes plásticas com habilitação em desenho, artes cênicas, folclore e música e pós-graduado em arte-educação. Como professor lecionou nas Escolas Estaduais Nossa Senhora da Abadia, Frei Leopoldo e Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco e Municipal Santa Maria, Colégio Nossa Senhora das Graças, Conservatório Estadual de Música Renato Frateschi. No ensino superior atuou como professor na Faculdade de Ensino de Uberaba (FEU). Ministrou cursos, palestras e oficinas nas áreas de teatro, folclore, cultura popular e história da Música Popular Brasileira (MPB).

Defensor das mais diversas manifestações culturais locais deixou como legado grandes projetos, como o Circo do Povo onde foi diretor por 12 anos, precursor da Escola Mirim de Samba, projeto social com crianças de bairros alocados distante dos aglomerados urbanos, projeto Domingo com Música, realizado no Mercado Municipal de Uberaba. Foi organizador e incentivador de diversos carnavais de ruas, parceiro das escolas de samba do município, resgatou o carnaval de marchinhas. Além disso, foi responsável pela reabertura do TEU em 1975, onde se manteve como diretor até 1979. 

Foi diretor da FCU e pesquisador da Cultura Imaterial e das Manifestações da Cultura Popular (Folia de Reis, Congadas e Moçambique), da Cultura Afro-Brasileira e das Religiões de Matriz Africana. Conselheiro do CONPHAU, organizador da terceira FestMinas de vários festivais de MPB, trouxe para o município o projeto TIM Arteducação. 

 

Jorn. Maria Cândida Sampaio

 
 
 

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