A Fundação Cultural de Uberaba realiza o 61º Encontro de Folias de Reis de Uberaba. Este ano, o evento levará o nome do professor Antônio Carlos Marques, uma forma de homenagear o ex-presidente, grande incentivador da cultura folclórica de Uberaba e região. O Encontro acontecerá no dia 25 de agosto a partir das 7 horas no salão de festas da Igreja Nossa Senhora da Abadia. A Fundação também está convocando os foliões para efetuarem as inscrições com antecedência.
De acordo com a chefe do Departamento de Fomento à Cultura e Patrimônio Histórico da FCU, Maria Thereza Oliveira Santos, o Encontro de Folia de Reis é um evento cultural de suma importância para manter a tradição cultural que é também de responsabilidade do Município. “Estamos trabalhando para o cumprimento da Lei Municipal 10.717/2008 que visa à preservação da cultura. As Folias de Reis de Uberaba são registradas como patrimônio imaterial. É uma referência cultural da cidade e do Estado”.
Para o Capitão da Folia de Reis Estrela do Oriente Marco Antônio da Silva, será uma oportunidade de apresentar a cultura aos jovens. “Esse evento vai manter uma tradição que é grande demais. É muito importante para mostrar para jovens e para as pessoas que não conhecem o que é a Folia de Reis”.
O Encontro de Folia de Reis também é mais uma forma de cuidar desse patrimônio imaterial. Quem explica sobre o assunto é a historiadora Maria Aparecida ‘Cida’ Manzan: “É um projeto de salvaguarda das companhias de reis de Uberaba. O encontro além de manter a tradição também vale ponto no Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), inclusive trazendo recursos para a cultura uberabense. Hoje, Uberaba conta com 130 Folias de Reis registradas na Fundação Cultural”.
Gilberto Rezende é incentivador e folclorista. Conhecedor da história dos grupos folclóricos relembra o primeiro encontro de Uberaba. “Os encontros de Folias de Reis iniciaram por causa da observação de Toninho, da dupla Toninho e Marieta. Em 1958, existia um número considerável de foliões devotados e gente que estava transmitindo cultura. Uma manifestação cultural que vinha de pais e avós desde que os portugueses chegaram no Brasil. Antigamente era festival. Existia inclusive uma disputa. Isso provocou um recuo dos participantes. Por isso transformamos em encontro”, conta.
Jorn. Izabel Durynek