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Fundação Cultural

19/07/2019 - Religiões afro-brasileiras abraçam as diferenças

O Dr. Crinstian Dany de Lima falou sobre diversidade, religiosidade e sexualidade

“Acho que as religiões afro-brasileiras têm muito a ensinar para a sociedade”. Essa frase é do professor efetivo do Instituto Federal Goiano, mestre e doutor em Ciências Sociais e Pesquisador de Cultura afro-brasileira Cristhian Dany de Lima. Ele esteve no início do mês em Uberaba a convite da Fundação Cultural/Coordenadoria LGT para abordar o tema diversidades, religiosidade e sexualidade.


Dany afirmou que as religiões afro-brasileiras tendem a não entender a diversidade sexual como um pecado ou um problema, mas como uma dimensão, uma característica da própria experiência e sexualidade humana. “Se isso é típico, natural, dado do humano, não há porque desprezar. Não há porque considerar como sinal de patologia, de inferioridade. O candomblé,  religião produzida por gente que foi a vida inteira objeto de violência, de humilhação, de negação da sua humanidade, se construiu desde sempre se abrindo à humanidade na sua mais inteira diversidade”.


Crinstian também afirma que os candomblés, por exemplos, são grupos que recebem o maior número de LGTB’s, “Os homossexuais têm lugar de muito respeito e destaque no candomblé. Não por acaso é uma das religiões com maior número de adeptos, proporcionalmente, LGBT's. Exatamente porque eles não são percebidos ou tratados com diferença no interior do culto”, diz.


Terminando, ele falou sobre os dogmas religiosos, a abrangência dos valores cristãos e o trabalho da Coordenadoria de Políticas LGBT em Uberaba. “Para nós, isso não faz muito sentido. Nós somos filhos de Deus. E para nós, Deus é o mais absoluto amor. Tanto que não existe a noção de pecado para nós. Essa é uma noção ocidental, cristã, não é africana, ou afro-brasileira. Se Deus é amor, tudo que emana de Deus é parte da criação e é parte dessa bondade e dessa beleza. Então, não faz o menor sentido. O poder público tem que estar a serviço de todos, e tem que ser instrumento para combater todas as formas de intolerância e de preconceito. Parabéns pela excelente iniciativa de Uberaba”, elogiou.


Jorn. Izabel Durynek
Assessoria de Comunicação – FCU

 
 
 

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