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Fundação Cultural

02/03/2016 - Uberaba completa 196 anos de história

Uberaba comemora neste dia 2 de março 196 anos de emancipação. A Prefeitura de Uberaba, através da Fundação Cultural celebra a festa “Uberaba 196 anos, daqui pra melhor”, na Concha Acústica, a partir das 11h.

Serão realizadas celebrações multiculturais que dialogam com a identidade cultural da cidade e suas manifestações artísticas, mostrando sua riqueza em patrimônio humano, onde acumulamos o modo de fazer e agir através de talentos da cultura e do esporte. São parceiros das comemorações as secretarias de Educação e Saúde, e a Fundação Municipal de Esporte e Lazer.

Em pesquisa realizada pela presidente da Fundação Cultural, Sumayra Oliveira, a cidade inicia-se no século XVIII a partir da exploração do interior brasileiro, na busca do ouro. “A Estrada de Anhanguera localizada entre o Rio Grande e o Paranaíba foi a primeira entrada no Triângulo Mineiro, comandada pelo bandeirante Bartolomeu Bueno. Aberta em 1722 tornou-se, por ordem régia posterior, o único caminho permitido para o transporte do ouro até Goiás.

Bem próximo ao local onde hoje está Uberaba, iniciou-se a extração do ouro, num lugarejo conhecido como Desemboque e mais de meio século depois, ocorre o esgotamento das minas. No início do século XIX, Major Eustáquio, morador do local, resolve explorar a região e encontra água em abundância e pastagens naturais do cerrado, condições muito propícias para a criação de gado e, consequentemente, uma saída econômica para o fim da mineração.

No Império, o governo doava as terras não cultivadas, num sistema conhecido por sesmarias. Após o extermínio e a expulsão dos Caiapós, acompanhando o Major Eustáquio, algumas famílias estabeleceram-se na região, depois que receberam terras por esse sistema.

Assim, Major Eustáquio construiu sua residência na praça Rui Barbosa (atual Hotel Chaves). Grande número de pessoas, sabendo das condições propícias de Uberaba, imigrou para o novo arraial. Os moradores logo ergueram uma Capela tendo como oragos [padroeiros] Santo Antônio e São Sebastião, benzida em 1818 pelo padre Hermógenes Cassimiro de Araújo Brunswick, do Desemboque. E foi estabelecido o reconhecimento do povoado pela Igreja. Esta instituição representava prestígios decisórios junto aos governos. Visto que em 2 de março de 1820, o rei D. João VI decreta a elevação de Uberaba à condição de Freguesia. O Decreto Real constituiu um grande avanço para a comunidade. Significou a emancipação e gerência própria em assuntos de ordem civil, militar e religioso. Foi o reconhecimento oficial tanto pela Igreja como pelo Governo Real. Uberaba foi crescendo e as terras foram ocupadas formando-se extensas propriedades devidas o baixo valor da terra e isenção de impostos sobre elas.

Assim, formou-se o Arraial de Santo Antônio e São Sebastião. O registro da vida do Arraial se dava na Igreja Matriz, instituição que documentava nascimentos, batizados, casamentos ou quaisquer outros acontecidos.

Em 1836, o governo imperial determinou que se construísse o prédio da Câmara Municipal e o primeiro agente-executivo (termo equivalente à palavra “prefeito”) foi Capitão Domingos então irmão de Major Eustáquio.

No início, a atividade econômica mais relevante era a criação do gado chamado “pé duro” ou “curraleiro”. Como um dos importantes componentes da alimentação desse gado era o sal, rotas salineiras foram estabelecidas, carros-de-boi traziam o sal e outras mercadorias, oriundas de São Paulo e Rio de Janeiro e levavam produtos da região, do Mato Grosso e de Goiás. Uberaba transformou-se em um entreposto comercial e surgiu outra atividade, fundamental para o desenvolvimento da cidade: o comércio. Tanto movimento justificou a chegada do trem de ferro, em 1889. Os trilhos vinham de Ribeirão Preto e acompanhavam as fazendas de café.

A cidade se desenvolveu e passou a abrigar – além das casas comerciais – bancos, livraria, cinemas, teatro, hotéis e escolas. Vieram os imigrantes e, dentre eles, arquitetos cujos estilos marcaram uma época de grande desenvolvimento. A estrada de ferro prosseguiu e seus trilhos alcançaram Goiás, Mato Grosso e outros centros comerciais. Com a desativação do comércio na cidade, iniciou-se a criação de gado zebu. Uberabenses foram até a Índia buscar os animais e aqui aprimoraram a raça, com trabalho genético e exposições do zebu que evidenciam o município no cenário nacional.

A cidade organizou seu espaço a partir da praça Rui Barbosa. A principal avenida Leopoldino de Oliveira localiza-se na parte baixa da praça (sobre o córrego das Lajes) e dela se ramificam as colinas que formam os bairros. Por isso costuma-se falar “vou descer para o centro” ou “vou subir para casa”. As antigas, colinas eram: Boa Vista, Estados Unidos, Misericórdia, Matriz, Cuiabá e Barro Preto, destacadas pelo escritor Borges Sampaio, agente executivo de 1878 a 1883”, relembra Sumayra Oliveira.

 
 
 

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