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Fundação Cultural

29/11/2013 - Prefeito e presidente da Fundação destacam importância política do imóvel e de Uberaba

Objetivo do tombamento do imóvel é resgatar a residência da família da presidente Dilma Rousseff e construir um memorial dos presidentes

A casa que pertenceu aos avós da presidente Dilma Rousseff foi tombada pela Prefeitura de Uberaba, através da Fundação Cultural/Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba (Conphau). O decreto do tombamento da casa foi assinado pelo prefeito Paulo Piau e publicado no Porta Voz do último dia 27.

Para o prefeito Paulo Piau a desapropriação e o tombamento do imóvel foi oportuno. “A casa que os avós da presidente moraram e passou a infância é uma coisa única para Uberaba. O imóvel está em estado de conservação ruim e a tendência era alguém adquirir o local, derrubar a casa e construir algum equipamento ali. Não tem nenhum bem que caracterize tanto os presidentes da República em Uberaba quanto esta casa”, observa o prefeito.

Segundo Piau, a intenção é fazer um memorial dos presidentes da República. “Uberaba é uma cidade que tem relacionamento muito estreito ao longo da história com todos os presidentes da República, desde o Getúlio Vargas. Vamos fazer este memorial da política de Uberaba para que escolas e os alunos tenham a oportunidade de ver e conhecer a história dos presidentes, governadores, prefeitos, vereadores. Culturalmente isso é uma riqueza muito grande. A razão de tombar a casa é pelo simbolismo, que levou a análise do Conphau e a prefeitura a fazerem o decreto. Uberaba recebe muitos turistas, é uma cidade política e o memorial será mais um ponto de visitação e de cultura que Uberaba terá”, avalia o prefeito Paulo Piau.

Dados - O imóvel fica na rua Vigário Silva, 90, e foi tombado pelo seu valor histórico, afetivo e cultural para Uberaba. O imóvel foi construído nos anos 1937/1938 e adquirido de Francisco Buzzolo em 08 de março de 1938, pelo avô da presidente, Odilon Silva, para seus filhos. Segundo a escritura do imóvel, a casa é uma construção de tijolos e madeira, assoalhada e ladrilhada, constante de alpendre, três quartos, sala de jantar, copa, cozinha, banheiro, área de serviço, dotada de instalações elétricas e sanitárias. Seu estilo arquitetônico é de partido simples acompanhando o estilo das construções de outras casas da rua Vigário Silva, construídas por João Laterza na década de 1930, no quarteirão que fica entre as ruas Dr. Paulo Pontes e Carlos Rodrigues da Cunha. O seu tombamento se justifica pela memória e valor histórico da família da presidente Dilma, que residiu no imóvel até 1951, quando se mudaram de Uberaba.

Ao propor o tombamento do imóvel, levou-se em conta a necessidade de recuperar as instalações do imóvel, bem como sua preservação, por representar um importante momento na história de Uberaba. Com isso, o imóvel não pode ser destruído, mutilado ou sofrer intervenções sem prévia deliberação do Conphau.

O imóvel, que está abandonado, será restaurado e transformado em um memorial. A Prefeitura e a Fundação Cultural está em negociação com a família para negociar o valor da casa histórica. Segundo a presidente da Fundação Cultural, Sumayra Oliveira, o imóvel está abandonado e devido às condições precárias foi fechado para evitar a ação de vândalos.

“O tombamento do imóvel é importante para resgatar os valores culturais, arquitetônicos e políticos de Uberaba. Uberaba sempre foi uma cidade muito importante na política e esta ação representa muito para o município”, diz, lembrando que a casa foi construída pelos avós da presidente Dilma, onde morou sua família. A presidente não chegou a morar no imóvel, mas sempre ficava hospedada na casa em suas férias. É um dos motivos para o decreto de utilidade pública para desapropriação.

Sumayra de Oliveira relembrou que, quando a presidente foi a Uberaba, logo após tomar posse, disse em entrevista que tinha uma afetividade grande pela cidade e que viveu bons momentos da infância e adolescência no município. Vale lembrar que a mãe da presidente, Dilma Silva, viveu no imóvel até os 20 anos e em Uberaba conheceu o búlgaro Pedro Rousseff. Eles se mudaram para Belo Horizonte, onde se casaram e tiveram a presidente e outros dois filhos. Segundo Sumayra, no próximo ano o projeto vai deslanchar, e a ideia é reunir com universidades e outras entidades para formatar o projeto, que será construído a várias mãos.

Jorn. Graça Salvador

 
 
 

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