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Fundação Cultural

24/10/2011 - Exposição "Frei Confaloni Pinturas” encerra-se domingo, no MAS

A Exposição “Frei Confaloni Pinturas” encerra-se no próximo domingo, 30, às 12h, no MAS (Museu de Arte Sacra), na igreja Santa Rita, na pç. Manoel Terra, Centro. A mostra reúne 18 obras desse italiano, que residiu na cidade de Goiás (GO). O evento integra o programa comemorativo dos 130 anos dos frades pregadores no Brasil. Esse santuário foi a primeira sede da ordem religiosa católica dos dominicanos no país, em 1881. A exposição inaugurou-se em 22 de setembro passado. O MAS está aberto de terça a sexta-feira, das 12h às 18h, aos sábados e domingos, das 8h às 12h.

Frei Nazareno Confaloni

O frei Confaloni nasceu Giuseppe, em 23 de janeiro de 1917, na cidadezinha italiana de Grotte di Castro. Com dez anos foi encaminhado ao convento de San Marco, em Florença, para os primeiros estudos. Em 1933 vestiu o hábito dominicano e mudou seu nome de Giuseppe para Nazareno. Assim que foi ordenado sacerdote, se instalou novamente no convento de San Marco, onde conviveu com as obras de Fra Angélico, o mesmo frade que morou ali na primeira metade do século 15 e que forrou as paredes do local com seus afrescos de linhas puras, cores suaves e contornos definidos, transbordantes de emoção, fé e religiosidade.

Ele ingressou na Academia de Belas Artes de Florença no ano de 1940, e passou a conviver com um dos mais importantes artistas italianos do século passado: Primo Conti. Na época, esse artista era professor titular de pintura da academia e viria a ser o grande amigo e mestre de Confaloni, durante toda vida.

Em 1946, Confaloni aceitou o convite do padre Domenico Acerbi para pintar os afrescos da capela de um orfanato em Fontanellato – trabalho considerado sua primeira grande prova na pintura. Quatro anos depois, já em Roma, para aperfeiçoar seus estudos, encontrou-se com o dominicano dom Cândido Penso, bispo da Prelazia da Ilha do Bananal (TO), que o convidou para vir ao Brasil pintar os murais da igreja de Nossa Senhora do Rosário, na cidade de Goiás. A igreja acabara de ser construída, faltando apenas os murais das paredes internas.

No dia 27 de outubro de 1950, frei Nazareno, assim que se instalou em Goiás, foi logo começando o trabalho. Primeiro, optou pelo tema. Pintaria os “quinze mistérios do rosário”. Foi esboçando os painéis com grande entusiasmo, para a admiração do público e de seu mecenas dom Cândido. Valeu-se de modelos da própria comunidade para a feitura da obra. Crianças, velhos, jovens, pousaram para o artista compor as complicadas cenas que não deixaram de fora nem os animais.

Alicerçado no amor ao próximo e pela arte, Nazareno foi adaptando seu idealismo à essa dura realidade: viver para a pintura e ser um missionário do evangelho, sempre dando tudo de si. Como religioso, doando sua vida a Deus, e como artista, doando sua sensibilidade aos homens sedentos de emoção. Realizou em Goiás uma verdadeira transformação nos vinte e sete anos por onde passou, fosse pintando murais, construindo ou reformando igrejas.

Frei Nazareno morreu em 1977 e deixou a marca do seu pincel criativo em vários espaços públicos, capelas e residências. Para completar a história de transformações, criou a Escola de Arte de Goiás e seus frutos brotaram e renascem até os dias de hoje

 
 
 

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