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Fundação Cultural

22/09/2011 - Museu de Arte Sacra abre Exposição “Frei Confaloni Pinturas”

    

A Fundação Cultural e o MAS – Museu de Arte Sacra abrem nesta quinta - feira (22), a Exposição “Frei Confaloni Pinturas” que reunirá cerca de 18 trabalhos do dominicano Frei Nazareno Confaloni. Durante a abertura da exposição, às 19h45 de hoje, o Frei Humberto Pereira de Goiânia fará a abertura da exposição dando um depoimento sobre  Frei Confaloni.

A Exposição “Frei Confaloni Pinturas” faz parte da programação em comemoração aos 130 anos dos frades pregadores no Brasil, cuja primeira sede foi em Uberaba na pequena igreja de Santa Rita, cedida aos dominicanos por Dom Eduardo em 1881 para evangelização desta comunidade.

A Mostra ficará no Museu de Arte Sacra de 22 de setembro a 30 de outubro, de terça a sexta, das 12h às 18h e aos sábados e domingos, das 8h às 12h.

Frei Nazareno Confaloni

Frei Confaloni nasceu Giuseppe em 23 de janeiro de 1917 na cidadezinha italiana de Grotte di Castro. Com dez anos foi encaminhado ao convento de San Marco em Florença para os primeiros estudos.

Em 1933 vestiu o hábito dominicano e mudou seu nome de Giuseppe para Nazareno. Assim que foi ordenado sacerdote, se instalou novamente no convento de San Marco onde conviveu com as obras de Fra Angélico, o mesmo frade que morou ali na primeira metade do século XV e que forrou as paredes do local com seus afrescos de linhas puras, cores suaves e contornos definidos, transbordantes de emoção, fé e religiosidade.

Ingressou na Academia de Belas Artes de Florença no ano de 1940 e passou a conviver com um dos mais importantes artistas italianos do século passado: Primo Conti. Na época este artista era professor titular de pintura da academia e viria a ser o grande amigo e mestre de Confaloni durante toda vida. No ano de 1946 Confaloni aceitou o convite do padre Domenico Acerbi para pintar os afrescos da capela do Orfanato em Fontanellato – trabalho considerado sua primeira grande prova na pintura. Quatro anos depois, já em Roma, para aperfeiçoar seus estudos, encontrou-se com o dominicano Dom Cândido Penso, bispo da Prelazia da Ilha do Bananal, que o convidou para vir ao Brasil pintar os murais da igreja de Nossa Senhora do Rosário na cidade de Goiás. A igreja acabara de ser construída, faltando apenas os murais das paredes internas.

No dia 27 de outubro de 1950, Frei Nazareno, assim que se instalou em Goiás, foi logo começando o trabalho. Primeiro optou pelo tema. Pintaria os “quinze mistérios do rosário”. Foi esboçando os painéis com grande entusiasmo, para a admiração do público e de seu mecenas Dom Cândido. Valeu-se de modelos da própria comunidade para a feitura da obra. Crianças, velhos, jovens, pousaram para o artista compor as complicadas cenas que não deixaram de fora nem os animais.

Alicerçado em grande amor pelo próximo e incendiado de grande amor pela arte, Nazareno foi aos poucos adaptando seu idealismo a essa dura realidade: viver para a arte e ser um missionário do evangelho. Sempre dando tudo de si. Como religioso doando sua vida a Deus e como artista doando sua sensibilidade aos homens sedentos de emoção. Realizou em Goiás uma verdadeira transformação nos vinte e sete anos por onde passou, fosse pintando murais, construindo ou reformando igrejas.

Frei Nazareno morreu em 1977 e deixou a marca do seu pincel criativo em vários espaços públicos, capelas e residências. Para completar a história de transformações, criou a escola de arte de Goiás e seus frutos brotaram e renascem até os dias de hoje.

 


 

 
 
 

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