16/07/2013 - Petrobrás garante a Piau que recursos estão assegurados

Movimento Mineiro, com o apoio do Ministro da Agricultura, tentará desfazer imbróglio envolvendo a modalidade do gasoduto

Reunião ocorrida ontem (15), em Belo Horizonte, na sede da FIEMG, representantes da Agência Nacional de Petróleo – ANP e Petrobrás, juntamente com lideranças de Uberaba, Uberlândia e do Governo do Estado discutiram a implantação da Fábrica de Amônia e do gasoduto. A Petrobrás assegurou ao prefeito Paulo Piau, que os recursos para a fábrica de amônia estão assegurados. Segundo ele, estavam presentes representantes da Câmara Municipal, G9, o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, José Renato Gomes, o prefeito de Uberlândia, Gilmar Machado, bem como empresários e representantes do Legislativo da cidade vizinha.

Representando o Governo do Estado, estava a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck e da União, o Ministro da Agricultura Antônio Andrada. “Conseguimos mostrar nosso empenho e a importância que damos a este projeto. O Gilmar levou sua comitiva e confirmou ser um apoiador do projeto, pois a chegada do gasoduto, também a Uberlândia é de grande interesse para o empresariado local. Com certeza foi uma reunião positiva”, disse.

Ainda segundo o prefeito, para que o empreendimento possa andar, é preciso resolver o imbróglio do gasoduto, visto que a ANP alega que a Lei do Gás não estabelece as condições legais para a interligação a gasodutos de distribuição situados em estados diferentes. Piau revelou ainda, que o assunto já está sendo discutido na Advocacia Geral da União – AGU. Neste sentido, ficou a cargo do ministro Antônio Andrada, viabilizar uma agenda, ainda esta semana, se for possível, tanto na ANP, AGU, quanto no Ministério de Minas e Energia.

Sobre a participação do Ministro nesta discussão, Piau lembra que no Brasil, quase 70% dos fertilizantes é importando, o que caracteriza um risco de soberania grande. “Sendo assim, o ministério da agricultura é um dos maiores interessados na viabilidade do projeto. O Brasil precisa produzir fertilizantes. É uma determinação do Governo Federal, uma questão estratégica que transcende a vontade do governo e, portanto, na palavra da representante da Petrobrás, o investimento está assegurado, mas, precisamos resolver este imbróglio do gasoduto e agora vamos focar nisso”, destacou.

Modalidades – Sendo na modalidade de distribuição, o gasoduto sairia de São Carlos (SP), passaria por Uberaba e Uberlândia, com ramais para atendimento ao polo de minerais fosfatados de Tapira, Araxá, Serra do Salitre, Patrocínio, Patos de Minas e Araguari. A perspectiva é que atenda um mercado estimado em 4,6 milhões de metros cúbicos de gás por dia, sendo 2,7 milhões para atendimento à nova fábrica de amônia a ser construída pela Petrobras em Uberaba.

O gasoduto na modalidade Transporte, o mesmo tem a denominação de “Gasoduto Brasil Central”. Em fase de projeto, este duto ligaria Brasília a São Carlos. Ou seja, envolveria mais recursos e o percurso do duto é bem maior, visto que o de distribuição teria 90km a menos.