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Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação

01/05/2018 - Primeiro sítio do Geoparque Uberaba é inaugurado no Parque Fernando Costa

Projeto busca potencializar os valores turísticos de relevância nacional e internacional da cidade para incorporar à Rede Global de Geoparques da UNESCO
 
A Prefeitura de Uberaba, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedec), em parceria com a UFTM, ABCZ, Uniube e demais instituições envolvidas no projeto Geoparque Uberaba, inauguraram neste sábado (28) a praça do primeiro Sítio que integra o projeto macro de sítios e geosítios do município. O objetivo do projeto é obter a candidatura enquanto Geoparque Mundial da UNESCO, a fim de se tornar Patrimônio Natural da Humanidade em 2019. 
 
O Sítio ABCZ é composto por três espaços: Museu do Zebu, local que guarda a memória e a história da pecuária zebuína no Brasil; Museu a Céu Aberto, composto pelo patrimônio histórico e artístico do Parque, onde é possível conhecer aspectos da arquitetura, paisagismo e pessoas que marcaram a história de Uberaba; e Sede Nacional da ABCZ, maior instituição de pecuária do mundo com cerca de 20 mil associados de todos os estados da Federação e de diversos países.
 
Prefeito Paulo Piau agradeceu todos os envolvidos e disse que o Geoparque é uma caminhada importante para Uberaba e todos os parceiros irem longe nesse projeto. “Estamos todos trabalhando numa ideia brilhante e que dará muitos resultados, com certeza. O turismo é a nova indústria, pois toda cidade quer receber turista. Assim, temos que preparar nossa infraestrutura, criar atratividades. E quando colocamos o Geoparque Uberaba, com cinco geosítios que vão ser estabelecidos, vamos convencer a UNESCO que nós podemos ser um dos 140 Geoparques do mundo e isso coloca Uberaba e toda a nossa região em um patamar diferenciado do turismo no mundo”, destacou.
 
Luiz Carlos Borges Ribeiro, idealizador do projeto Geoparque Uberaba, relembra que o protocolo de intenções foi assinado e o projeto apresentado durante a Expozebu de 2017. “Trabalhamos. Hoje somos mais de 40 profissionais envolvidos diretamente, tentando estruturar as diretrizes que vão nos possibilitar chegar à chancela da Unesco. Esse projeto nasceu há oito anos atrás e tem mais de 6 publicações internacionais e é uma honra esse grupo de dezenas de mãos traduzir esse sonho em realidade”, destaca Luiz Carlos.
 
Anne Roy Nóbrega, secretária adjunta da Sedec e diretora de Turismo, explica que a UNESCO, a partir das ODS’s, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, reconhece a importância de se preservar a história e o patrimônio histórico, geológico e cultural de qualquer país, cidade ou comunidade para o bem da humanidade e cita o exemplo do Geoparque Araripe, no interior do Ceará. “É uma região castigada pelo clima. Porém, onde qualquer criança, onde qualquer pessoa da comunidade sabe o que é paleontologia, sabe o que é ciência da pedra, sabe que as pedras falam e que os fósseis são valiosos para a humanidade. Dá pra ver o impacto nessa região, com o Geoparque, os restaurantes vendendo souvenires, geoprodutos, as pessoas valorizando as pedras do local, ações sociais desenvolvidas em nome desse Geoparque”, relata a diretora de Turismo.
 
Ela ressalta ainda que o projeto é mais do que um macroprojeto voltado para o turismo, também é voltado para desenvolvimento econômico e de identidade territorial, que cria renda e empregos sem poluir, preservando o que o país herdou de milhões de anos. “Temos orgulho também de ter herdado a grandeza de um homem, o Chico Xavier, nós temos o Zebu e a história zebuína e tudo que isso gerou de renda e de empregos para o Brasil, e temos uma história geológica excepcional que será cada vez mais conhecida no mundo inteiro, começando pelas pessoas de Uberaba”, coloca Anne.
 
Já a reitora da UFTM, Ana Lúcia de Assis Simões, destacou o papel da Universidade de trabalhar para que o Geoparque de Uberaba possa contribuir para o sentimento de pertencimento da comunidade com os espaços do projeto, citando o exemplo de Peirópolis. “A comunidade de lá realmente se apropria daquele espaço, e é um esforço gigante para que tornemos aquele espaço mais conhecido, cada vez mais visitado e que o esforço para concretizar o sonho do Geoparque deve ser intensificado, com o Sítio de Peirópolis como um componente desse Geoparque”, relata Ana Lúcia. A reitora da UFTM ainda aproveitou a oportunidade para anunciar o compromisso de Peirópolis como segundo sítio a ser lançado dentro do Geoparque Uberaba.
 
O Prefeito Paulo Piau ainda agradeceu a parceria da ABCZ e elogiou o presidente por abrir o Parque Fernando Costa para a comunidade enquanto espaço de lazer. “É uma medida de inteligência e sabedoria, de abrir para as pessoas terem acesso. Faço questão de colocar isso, assim como o Geoparque, pois temos que pensar regionalmente, trazer as pessoas e defender o crescimento não só de Uberaba, mas de toda a região, para caminharmos longe, todos junto. Pensar grande é importante”, ressaltou o prefeito.
 
O presidente da ABCZ, Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges, respondeu ao prefeito que o Parque Fernando Costa é uma área importante para Uberaba e, portanto, é uma honra de ter o projeto de Geoparque lá dentro. “Isso é muito importante: oferecer cultura e lazer para a nossa comunidade. A Expozebu recebe várias autoridades de outros países, buscando mostrar a importância do Zebu como produtor de carne e produtor de leite saudável, num ambiente natural. Então é muito importante esse momento de mostrar a raiz desse projeto, pois o Parque Fernando Costa faz parte da nossa história, com essa visibilidade da exposição” enfatiza o presidente da ABCZ.
 
Projeto Geoparque Uberaba - Os Geoparques Mundiais da UNESCO são áreas geográficas unificadas, onde sítios e paisagens de relevância geológica internacional são administrados com base em um conceito holístico de proteção, educação e desenvolvimento sustentável. Sua abordagem combina a conservação com desenvolvimento sustentável e que, ao mesmo tempo, envolve as comunidades locais. Atualmente, existem 140 Geoparques Mundiais da UNESCO em 38 países.
 
 
Clarice Sousa
Secom/PMU

 
 
 

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