WEBISS

WEBMAIL

MULHER

EMPREENDEDOR..

ACESSIBILIDADE

-A

A

+A

ACESSIBILIDADE

-A

A

+A

Saúde

08/07/2020 - Ansiedade e tristeza representam 35% das buscas pelo ‘Saúde Mental na Escuta’

Natureza das queixas diversificou no último mês

O callcenter ‘Saúde Mental na Escuta’ completa três meses de atendimento nesta segunda-feira (6). Disponibilizado pela Prefeitura de Uberaba, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o serviço busca evitar o adoecimento das pessoas e o agravamento das  que já apresentam algum tipo doença psiquiátrica, devido a pandemia de Covid-19. Os profissionais da Diretoria de Atenção Psicossocial acolhem as pessoas em sofrimento emocional em decorrência da pandemia e das medidas por ela acarretadas, como distanciamento social e isolamento domiciliar, e encaminham essas pessoas para o serviço mais adequado conforme a situação.

Segundo o diretor de Atenção Psicossocial da SMS, o psicólogo Sérgio Marçal, a análise numérica dos atendimentos do ‘Saúde Mental na Escuta’ mais uma vez demonstra que os aspectos relacionados ao motivo do acolhimento têm se mantido os mesmos. “A maioria das queixas se dá em função de processos de ansiedade (22%), seguidos de processos de tristeza (13%), desorganização da rotina e orientações de rotina (11%), principalmente, quanto à rotina de crianças no lar e dificuldade em orientação de atividades escolares dos filhos, seguido também de questões de conflitos familiares (8%), que já começam aparecer de forma destacada”, relata Sérgio. Outras queixas passam por orientações sobre o Covid-19, uso de álcool e drogas e alterações do sono, que também adquiriram um percentual importante, diversificando as reclamações.

As abordagens de orientação também permanecem as mesmas: escuta ativa e acolhimento da queixa (66%), seguidos de encaminhamento para serviços da rede de atenção psicossocial (9,8%), orientações a respeito de organização da rotina (8,7%), direcionamento para orientações do ‘Saúde Ativa’ (4%), encaminhamentos para a busca de benefícios sociais na assistência social e encaminhamentos para atendimento em situações de urgência e emergência, com cerca de 1% cada. A maioria da procura por orientações telefônicas continua sendo do sexo feminino, com 73,2%, frente a 26,6% da demanda masculina, com a prevalência de 57% de pessoas com idade entre 18 e 50 anos, 40% acima de 50 anos e 3% de crianças até nove anos.

Duas linhas de telefone são voltadas para o atendimento dos profissionais que estão à frente do combate à Covid-19. São eles o 3314-8707 e o 3316-1328. A população em geral que precisar da ajuda pode ligar nos telefones: 3325-8391, 3314-8101, 3321-7642 e 3314-7277. O serviço está disponível 12 horas por dia, de segunda a sexta-feira das 7 às 19 horas.

 

Profissionais serão redirecionados para grupos de atendimento    

 

Segundo o diretor de Atenção Psicossocial, alguns dos profissionais do ‘Saúde Mental na Escuta’ vão retornar para os grupos de atendimento devido às demandas do callcenter. “Eles estão recebendo a demanda dos atendimentos telefônicos para atendimentos presenciais, porque se verificou que os atendimentos telefônicos seriam insuficientes para alguns casos. O serviço também gerou demanda para consultas especializadas com psiquiatra e psicoterapia, seja na atenção básica ou no próprio Serviço Intermediário de Atenção Psicossocial (SIAP), onde o ‘Saúde Mental na Escuta está lotado”, explica Sérgio.  Ele destaca que a rede de saúde mental continua com seu fluxo normal durante a pandemia, pensando nos pacientes mais graves, que precisam de atendimento continuado, seja na forma presencial e individual ou de forma remota por ligações telefônicas.

Mantêm-se inalteradas as consultas psiquiátricas e psicológicas, dispensação de medicamentos nas farmácias dos Caps e, no caso do Caps AD-III, de internações em leitos 24 horas. “Não vamos deixar ninguém desassistido. O paciente que tiver alguma dúvida ou queixa pode procurar os Caps, por telefone ou presencialmente que vai ser acolhido e direcionado, assim como os pacientes que precisarem renovar a prescrição ou pegar medicamento”, destacou o psicólogo.

 

Jorn. Clarice Sousa

 
 
 

Outras Notícias: Saúde



Voltar