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Saúde

07/01/2013 - Dengue subiu após redução no número de agentes

Prefeito fala em “herança maldita” e autoriza contratação imediata de agentes para o combate

Após a divulgação do número de notificações da dengue em Uberaba até a 51ª semana de 2012, na casa dos 4.155 casos sendo o segundo maior índice do Estado de Minas Gerais, perdendo apenas para a capital Belo Horizonte, a Secretaria Municipal de Saúde entrou em alerta. De acordo com o secretário Fahim Sawan, os relatórios mostram o que pode ser considerado o principal motivo para a volta da doença: a redução no número de agentes de combate e consequente redução no número de visitações. Em 2006, logo após a epidemia a Prefeitura assinou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público em que assumia o compromisso de um agente para cada 800 domicílios. No fechamento de 2012, esse número era de cerca de 1 agente para cada 1.200 domicílios. Com  isso o número de visitações no ano passado caiu consideravelmente.  Em contrapartida, temos o maior índice de notificações de dengue em sete anos. Em 2011 foram 684.224 visitações, em 2012 foram 469.743. O número de agentes ao final de 2012 era de 112, enquanto o ideal seria de 180. Os números mostram não apenas o não cumprimento do TAC, mas ainda uma afronta a Legislação que determina ao menos 1 agente para cada mil domicílios.  Em dezembro de 2012 a gestão passada lançou um processo seletivo para a contratação de agentes, mas não nomeou ninguém. “É um descuido muito grande. Os números mostram que as notificações não cresceram no fim do ano, mas sim ao longo de todo 2012, sendo que no primeiro quadrimestre o índice já era maior do que nos anos anteriores, mesmo assim o número de agentes e visitas caíram drasticamente, ou seja, abriram a porta para dengue entrar novamente”, desabafou o secretário Fahim.

Força tarefa - Já o prefeito Paulo Piau classificou a situação como uma “herança maldita”. Piau determinou a criação de uma força tarefa para combater o avanço da doença e deu carta braça para a contratação de mais 72 agentes, chegando assim ao número ideal e que atende ao TAC. “Vamos colocar essa situação com prioridade. Não podemos aceitar que Uberaba passe novamente por uma epidemia. Vamos combater. Não vamos fechar os olhos para essa herança maldita deixada pela administração anterior, esse verdadeiro descaso”, declarou o prefeito.

Ações emergenciais - Além da contratação de agentes, várias outras ações estão sendo programadas, como um mutirão de limpeza principalmente em terrenos e prédios públicos, uma campanha de alerta à população, mais dois carros tipo “fumacê” que foram emprestados pela Superintendência de Saúde e que vão se juntar aos quatro veículos da Secretaria Municipal, além do combate com 11 bombas costais. Fahim também mostrou preocupação com acolhimento dos infectados. “Vamos em breve disponibilizar um telefone específico para que o infectado possa saber onde buscar auxílio. Vamos criar toda uma estrutura para esse atendimento de forma prioritária”, revelou.  Além disso, o secretário já determinou uma ampla pesquisa de campo para mapear os locais mais infectados da cidade, o resultado deve sair na próxima quarta-feira. Uma reunião entre várias secretárias no começo da próxima semana vai definir as demandas de cada pasta no auxílio no combate a Dengue. “O prefeito nos deu total liberdade para agir e com a ajuda da comunidade vamos evitar o avanço da doença”, finalizou Fahim. Vale lembrar que período mais crítico da dengue vai de janeiro a abril, ou seja, a temporada de chuvas e calor.   
 

Denis Silva de Oliveira

 
 
 

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