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Agronegócio

03/02/2010 - Responsabilidade da preservação do Vale do Rio Uberaba está nas mãos dos produtores rurais

A área de preservação ambiental do Rio Uberaba, manancial que abastece a população uberabense, tem uma extensão territorial de pouco mais de 32 mil hectares, nos quais se inserem treze bacias hidrográficas de importantes cursos d’água e borbulham mais de 450 nascentes hídricas.

Este patrimônio está sob a responsabilidade de cerca de 400 produtores rurais, sendo que deste total, aproximadamente 300 (o equivalente a 75% do universo) são pequenos pecuaristas, que atuam em áreas menores do que 100 hectares e que tem na produção de leite a principal fonte de renda.

No sentido de proporcionar a estes pequenos pecuaristas os meios adequados de implementarem eficiência nos seus empreendimentos sem causar danos ao meio ambiente, a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Aquicultura, Pesca e Abastecimento (Sagri) presta assessoria técnica a eles, oferecendo orientação para que produzam em harmonia com os recursos naturais do local, na instalação de sistemas de pastejo rotacionado para a produção de leite a pasto e planeja com os mesmos a instalação de culturas que diversifiquem a atividade, gerando maior renda em menores áreas.

De acordo com o titular da Sagri, José Humberto Guimarães, “assim é que a Sagri já disponibiliza assessoria na área de produção de aves e ovos caipiras, promove a horticultura tecnificada, incentiva a produção artesanal e o processamento de alimentos como queijos, requeijões, doces, etc.”, diz.

Ainda segundo o secretário, a Sagri também está propondo a introdução da apicultura em escala comercial visando o aproveitamento das matas e da reserva florestal ali existente.

Guimarães ressalta que tendo em conta a responsabilidade que estes empreendedores têm com a preservação dos recursos naturais da região, visando garantir o regular abastecimento de água à população no presente e no futuro, necessário se faz criar um fundo que seria mantido por consumidores de água em geral para remuneração dos produtores que atuam nestas áreas.

A criação deste fundo será proposta pelo secretário já na próxima reunião do Comitê Gestor da APA (Área de Preservação Ambiental), marcada para sexta-feira (5).

Ele justifica sua opinião destacando que os recursos arrecadados anualmente significariam o equivalente ao que o produtor conseguiria se destinasse suas glebas de preservação à produção de soja, milho, cana-de-açúcar, etc.

“Para se ter uma ideia de quanto este fundo custaria pouco aos consumidores e teria significado importante para os empreendedores, se considerarmos como remuneração a metade da renda paga por sojicultores às terras que utilizam em arrendamento na região, teríamos um valor médio de R$ 120,00 por hectare/ano o que geraria um montante de R$ 1 milhão. Se levarmos em conta que em Uberaba temos atualmente cerca de 100 mil domicílios que são abastecidos diariamente, o rateio deste investimento com os consumidores seria de apenas R$ 10,00/ano por residência”, explica o titular da Sagri.
 

 
 
 

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