WEBISS

WEBMAIL

MULHER

EMPREENDEDOR..

ACESSIBILIDADE

-A

A

+A

ACESSIBILIDADE

-A

A

+A

PROCON

15/06/2018 - Procon reúne revendedores para tratar da escassez de gás de cozinha em Uberaba

Os preços médios ao consumidor do gás de cozinha em botijão de 13 quilos continuam os mesmos no mercado formal que os praticados antes da crise no abastecimento em Uberaba. A afirmação é do presidente da Fundação Procon de Uberaba, Rodrigo Mateus Signorelli.
Preços. Conforme ele, foram registradas algumas confusões, com reclamações indicando o custo de até R$200. As situações apuradas demonstraram que na verdade este custo mais elevado é praticado para botijões de maiores volumes. Segundo ele, os valores de revenda permanecem entre R$60 e R$80, sendo que alguns locais a alteração foi com relação a valores agregados, como a entrega gratuita e/ou brindes.


Escassez. Revendedores do gás de cozinha (GLP) se reúnem amanhã (sexta, 15) com o presidente da Fundação Procon de Uberaba, Rodrigo Mateus. Na pauta, o tema central será o abastecimento do mercado, quando os empresários do setor poderão expor os motivos alegados pelos distribuidores para a escassez do produto na cidade. O encontro servirá também, para atualizar a lista dos pontos de comércio a fim de facilitar ao Procon o desenvolvimento de pesquisa similar ao efetuado com os combustíveis, informando à população onde tem a mercadoria, o valor e se há serviço de entrega em domicílio.


Mateus observa que tal segmento apresenta alguns complicadores, especialmente quanto à checagem de denúncias de abusos. É que as informações, normalmente chegam muito superficiais com o interlocutor apontando práticas irregulares ou abusivas, mas sem detalhar, por exemplo, onde estaria ocorrendo.


Abuso. Já verificado, conforme o presidente, a ocorrência do que considera prática abusiva, que é uma espécie de fila paralela não física, com reserva por telefone ou senhas com garantia de entrega do produto enquanto os que comparecem aos estabelecimentos muitas vezes ficam sem o gás ante a insuficiente quantidade disponibilizada. “A reserva é normal para alguns setores como restaurantes e hotéis, mas não para o gás de cozinha e especialmente num momento de crise no abastecimento”, afirma.


O Procon – garante Mateus – está apurando a situação, mas enfrenta dificuldades na confirmação. Um dos métodos utilizados é colocar fiscais para ligarem como consumidores a fim de verificar o trato que está sendo dado nesta questão. Levantada a prática abusiva é elaborado auto de constatação relatando o contato por telefone e detalhamento da conversa. Em seguida o fiscal vai a campo confrontar a prática. Na maioria das vezes os casos não são confirmados in loco.  Até o momento apenas um estabelecimento foi autuado.


Cultura. Outro costume que se apresenta como complicador é cultural. Conforme Rodrigo Mateus, na aquisição do gás não há o hábito de exigir comprovante da compra. Além disto – completa – sabe-se que há estabelecimentos que atuam como ‘pontes’ ou ‘meros intermediários do negócio’ junto ao consumidor final. São mercearias e supermercados que cobram pelo produto e entregam um ‘vale gás’ ao cliente, mas quem faz o fornecimento concreto é o distribuidor. Quase sempre, nestes casos, o consumidor não sabe dizer de quem comprou.


Paralelo. Existe também, ainda de acordo com o presidente do Procon, muita clandestinidade e atravessadores, mas quase nenhuma informação de quem são, de onde vem? Há situações de quem levanta botijões na forma consignada junto a vários depósitos para negociação no mercado informal, mas o consumidor nunca informa a identificação do praticante do comércio em sua forma irregular.  


Mateus lembra que o Procon é um órgão administrativo. E, também, que o Ministério Público tem inquéritos abertos há mais tempo. Ele acredita que a Promotoria, inclusive, enfrente as mesmas dificuldades. E finaliza lembrando que qualquer abuso deve ser rejeitado pelo consumidor e acionado o Procon.
 
Jorn. Gê Alves
Direção de Jornalismo

 
 
 

Outras Notícias: PROCON



Voltar