WEBISS

WEBMAIL

MULHER

EMPREENDEDOR..

ACESSIBILIDADE

-A

A

+A

ACESSIBILIDADE

-A

A

+A

Agronegócio

06/02/2015 - Estiagem de janeiro faz Prefeitura de Uberaba decretar estado de emergência

A ausência de chuvas causou grande impacto e fez algumas lavouras apresentarem queda de até 50% na expectativa de produção

Publicado no jornal oficial Porta-Voz dessa quarta-feira (4), o decreto 3.503/2015 que declara situação de emergência e anormalidade, no município de Uberaba, em virtude da estiagem prolongada. A decisão do prefeito Paulo Piau só foi possível após estudo da Secretaria de Agricultura (Sagri) em parceria com o Sindicato Rural (SRU) e Emater realizado nas duas últimas semanas. No laudo parcial feito a partir de levantamento feito no campo, constatou-se uma perda de 30% a 50% nas lavouras do município em razão da estiagem prolongada, principalmente no mês de janeiro, quando praticamente não choveu.


Segundo o secretário municipal de Agricultura, Danilo Siqueira, foi feita uma união de esforços entre a Prefeitura de Uberaba, por meio da Sagri com o Sindicato Rural e Emater. “Dividimos o município em regiões e os técnicos foram verificar as pastagens, os cursos d'água e as lavouras para que pudéssemos fazer um diagnóstico. Em nossa região parou de chover em 23 de dezembro e voltou a chover só em 24 de janeiro, ou seja, tivemos um mês sem chuvas em grande parte do município”, revelou Siqueira.


Com as chuvas dessa última semana e a previsão de continuidade nos próximos dias, os especialistas têm boas expectativas de que haja melhora de algumas lavouras que ainda não estão perdidas, e têm ainda a aposta em armazenar água para os períodos de seca, uma vez que a maioria das propriedades está com pouca água armazenada. Entretanto, o laudo parcial demonstra perdas visíveis na produção de grãos. Para atenuar as dificuldades do produtor rural, o prefeito Paulo Piau atendeu à solicitação de decretar estado de emergência.


De acordo com a Sagri, a expectativa para este ano era de superar a produção da última safra, quando foram registradas perdas, mas a situação ficou mais grave. “Em 2013, com a antecipação das chuvas para outubro, o produtor, precavido, plantou mais cedo e colheu antes do veranico de janeiro, o que não ocorreu este ano. As chuvas demoraram a iniciar em outubro/novembro de 2014 e o pessoal teve de plantar tardiamente. Com isso, o veranico pegou as culturas bem no meio da formação”, explicou o secretário.


O decreto que declara estado de emergência no município facilita para o produtor requerer junto ao agente financeiro (banco) a prorrogação do financiamento ou acionar o seguro rural. Essa condição também permite ao governo desenvolver políticas governamentais específicas para a região onde a seca está ocorrendo. Quanto ao impacto financeiro, o secretário de Agricultura de Uberaba ainda não consegue fazer nenhuma estimativa. Existe ainda um certo otimismo com a safrinha do milho, que poderá diminuir um pouco os prejuízos.


A Secretaria Municipal de Agricultura se dedica principalmente à agricultura familiar. Hoje são atendidos 353 agricultores familiares inscritos no Programa de Aquisição de Alimentos que produzem, principalmente, hortaliças. Há também vários outros que comercializam seus produtos na Central de Abastecimento (Ceasa) do município.


O secretário Danilo Siqueira ressaltou ainda que a seca afeta diretamente a pasta, por isso ele busca alternativa para ajudar o produtor rural. Ele lembrou que na região do semiárido, existe um seguro para o pequeno produtor chamado Garantia Safra, que não atende à região sudeste. “Vamos fazer um trabalho em Brasília nos próximos meses, pois o clima está mudando tanto, que é preciso trazer o benefício para as regiões que não são do semiárido, mas também estão sofrendo com a pouca chuva”, afirmou.


Para enfrentar esse período de pouca água na zona rural, as secretarias de Agricultura e Meio Ambiente (Semat) fizeram uma parceria. Os produtores poderão obter licenças na pasta para limpar cursos d'água, dar fundo em represas de pequeno porte, entre outras necessidades, incluindo bolsões para retenção de água da chuva em diversas estradas rurais e as chamadas curvas de nível.
Jornalista Reginaldo Cangussu 

 
 
 

Outras Notícias: Agronegócio



Voltar