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Educação e Cultura

04/07/2019 - Equipe do Projeto Labor propõe a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

Famílias receberam orientação e os participantes do projeto serão capacitados para as seleções das empresas
 
A Secretaria de Educação (Semed), por meio do Departamento de Inclusão realizou, na manhã desta quarta-feira (03), reunião com pais de participantes do “Projeto Labor”, para apresentar a nova estratégia de capacitação das atividades para preparar os alunos para o mercado de trabalho e indicá-los às empresas de Uberaba e região.


A nova proposta do Projeto consiste em selecionar os jovens com deficiência e acima de 16 anos, que tenham vontade de entrar no mercado de trabalho e, também, avaliar o perfil condizente com as vagas disponíveis e orientá-los de forma que eles se sintam confortáveis e saibam se portar em qualquer situação seja positivo ou negativo. Serão indicados para ingressar nas empresas os jovens que tiverem autorização dos pais ou responsáveis legais.


Janaína Lopes, coordenadora do projeto explica que a seleção para as empresas que solicitarem jovens será feita com aqueles que forem autorizados pela família. “Nós queremos consolidar a inclusão e eles terão assistência periódica. Estaremos sempre em contato com o departamento de recursos humanos de cada empresa”, declara a coordenadora pedagógica do Projeto Labor.


Mateus Queiroz Gonçalves, de 28 anos, tem Síndrome de Down e conseguiu colocação como auxiliar de produção, há quinze meses, na Master Line Uberaba (antiga Skala). Ele está de férias do trabalho e está pagando a sua parte da viagem para Recife-PE, que fará com a família na próxima semana.


A ideia de inserir Mateus no mercado de trabalho de forma efetiva surgiu a partir das atividades executadas pelo jovem no Projeto Labor. Com isso, ele mostrou sua vontade de trabalhar e conquistar autonomia financeira, que já manifestava desde os vinte anos.


O pai dele, Erli de Oliveira Gonçalves, aposentado, explica que antes tinha receio de que o filho fosse exposto às mazelas do mundo. “A gente quer proteger mesmo”, declara o pai. “Ele foi muito bem acolhido pela empresa e isso tem feito muito bem para ele. Aquele receio inicial passou. Eu o levo pela manhã até a empresa e ele volta sozinho. O meu filho sabe se locomover melhor do que eu em Uberaba”, conta o pai.


Denise Scussel reafirma a importância do trabalho em educação inclusiva realizado pela Prefeitura de Uberaba, referência para 39 municípios da região e conclui que, muitos paradigmas foram quebrados, mas há ainda muitos desafios, principalmente para prepará-los profissionalmente.


O encontro aconteceu na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e estiveram presentes Denise Scussel, diretora do Departamento de Educação Inclusiva; Janaína Lopes Gomes, coordenadora pedagógica  do Projeto Labor; Inácia Silvana Borba, professora da Educação para Jovens e Adultos na Escola Municipal Uberaba; Vânia Guarato, da Secretaria Desenvolvimento Social (SEDS) e Alex Abadio Ferreira coordenador clínico da Apae.


O Projeto Labor é uma das propostas do Departamento de Educação Inclusiva que, desde 2016, tem diretrizes e perspectivas, com o compromisso e responsabilidade de elaborar, operacionalizar, acompanhar e consolidar as políticas públicas da educação especial.


Atualmente, o Projeto Labor atende 75 jovens de unidades municipais e de demanda espontânea como do Instituto de Cegos do Brasil Central (ICBC), da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE),

Vânia Guarato, da Seds, falou sobre a necessidade de se informar sobre leis e políticas públicas para pessoas com deficiência, bem como trabalhá-las no dia a dia da comunidade.


Em relação a uma dúvida em comum das famílias, sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC), Alex Ferreira ressalta que enquanto o jovem estiver empregado formalmente, o benefício será suspenso e não cancelado. No caso do menor aprendiz, o benefício será somado ao salário. Quando o contrato de trabalho for interrompido, o usuário volta a receber o BPC normalmente, desde que entre com o pedido pelo INSS.


Estagiária Jorn. Ana Rizieri

 
 
 

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