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Educação e Cultura

07/05/2019 - Tecnologia e Comunicação

Aluna da rede municipal que assiste aulas no HC recebe visita de pesquisadores da UFU

 

Maria Nicoly, de 5 anos, depende da compra de um software para aprender a ler e escrever

Em 2018, o Departamento de Inclusão, da Secretaria de Educação de Uberaba, iniciou um trabalho pioneiro na região: aulas regulares para a aluna matriculada na rede, na Escola Municipal Adolfo Bezerra de Menezes. Maria Nicoly, de 5 anos, que tem aniatrofia, mora no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Agora, o acompanhamento dela pode ganhar uma nova etapa: um recurso tecnológico que possibilitará a alfabetização e melhor comunicação da criança.

Uma parceria entre os departamentos de Inclusão e Tecnologia e Informática Educacional (Detic), da Semed, permitiu a busca de inovações na área, para que a professora Cláudia Caetano tivesse um suporte melhor nas avaliações da educanda.

Os professores Paulo Henrique e a pedagoga do Detic, Juliana Santos, visitaram a aluna e, durante pesquisa de programas ou equipamentos disponíveis, entraram em contato com o Núcleo de Tecnologia da Universidade Federal de Uberlândia, que estiveram em Uberaba no último fim de semana e, apresentaram um equipamento, que segundo Thiago Sá de Paiva, mestrando em Engenharia Biomédica, do Núcleo de Tecnologia Assistiva da UFU, é viável para a Maria Nicoly.

Para ele, as pesquisas em tecnologias assistivas permitem novos olhares para a reabilitação de pessoas, com diversas dificuldades. No caso da aluna da rede municipal, foi feito um teste com um Dispositivo de Rastreamento Ocular, EyeTracker. “Ela tem o controle ocular intacto, então é viável. Existe um trabalho a ser feito com ela, de professores, pedagogos e terapeutas, para mediar o uso da ferramenta”, comenta.

O software é de livre acesso, e o dispositivo, custa em torno de R$ 1,2 mil que, de acordo com ele, vai permitir que ela seja alfabetizada e possa escrever o que está pensando, além de ter um ganho no ensino-aprendizagem.

Caso a família e a Secretaria de Educação, por meio de parcerias consiga comprar o EyeTracker, o Detic irá projetar novos jogos ou projetos para ajudar a aluna nas aulas. Conforme conta o chefe do Detic, Luiz Henrique Araújo, a educação municipal busca a qualidade do ensino para todos os alunos e as soluções tecnológicas precisam acompanhar e atender a todos no processo de ensino-aprendizagem. Para a chefe do departamento de Inclusão da Semed, a ideia é buscar parcerias para a compra do material e evolução do trabalho.

Atendimento no hospital. A escolarização no hospital é uma iniciativa inédita no Triângulo Mineiro, antes feito somente em vertente domiciliar, em alguns casos, pela rede pública municipal. As aulas foram uma necessidade da própria criança, que tem as condições cognitivas e mentais totalmente preservadas, como conta Denise Scussel, chefe do Departamento de Inclusão da Semed.

Denise ressalta que a escolarização é feita de acordo com a rotina do hospital. Além disso, foram tomadas todas as providências legais para que o direito de Maria Nicoly de estudar seja respeitado

Shirlene Fernandes e Humberto Antônio da Silva, pais de Maria Nicole, revezam no cuidado com a filha. Impossibilitados de levá-la para casa com todos os aparelhos que a criança necessita, ela mora no HC/UFTM e não pode dormir com os pais.

Educação inclusiva na rede municipal. Uberaba é referência para 39 municípios da região em educação inclusiva. O Crei – Centro de Referência em Educação Inclusiva “Antônio de Paula Pável Carvalho” atende, atualmente, mais de mil alunos por mês, com diversas deficiências e síndromes, além das famílias, que são recebidas por equipe multiprofissional, com cerca de 500 pessoas (distribuídas também nas escolas).

Monica Cussi

 
 
 

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