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Educação e Cultura

10/09/2016 - Alunos da rede municipal já teriam ultrapassado índice de 2022 do Ideb no quesito aprendizado

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou hoje mais um dado importante para as escolas da Rede Municipal de Uberaba. Quem faz esta análise é Maria Inez De Martino Prata, chefe do Departamento Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação (Semed), que acompanhou o processo de aumento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 5.6 para 5.9 nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nas 31 escolas da rede. Se o Ideb fosse contabilizado somente pela Proficiência, Uberaba já teria ultrapassado o índice mínimo previsto apenas para 2022, com nota 6.11.


Em detalhes, ela explica que o indicador do Ideb é calculado com base no desempenho do estudante da Prova Brasil, aplicada pelo Inep e em taxas de aprovação, participação e abandono (denominado Fluxo). Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não seja reprovado e frequente a sala de aula. Porém, ela ressalta que a análise do Ideb deve ser feita levando em consideração os dois índices que resultam neste dado. “A nossa proficiência, na maioria das escolas, está com um nível acima da média da rede, porém o fluxo, que é a reprovação, participação e abandono, encontra-se aquém do ideal interferindo, assim, no resultado”, diz.


A Proficiência indica o aprendizado adquirido pelos alunos. É construído pelos resultados na Prova Brasil de Matemática e Língua Portuguesa e varia de 0 a 10, considerando o que o aluno aprendeu. Neste quesito, Uberaba ficou com pontuação de 6.11, um dos dados mais importantes, como cita a pedagoga. O Fluxo indica o ritmo de progressão dos alunos ao longo dos anos. É calculado pelas taxas de aprovação, participação e abandono no ano de escolaridade.


O ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino só chegou a este resultado com um trabalho da Semed, de “corpo a corpo”. Foi feita uma análise diagnóstica cognitiva dos alunos das 31 escolas municipais de Uberaba e resultou em um plano de intervenção em tempo real, com todos os alunos, professores, atendendo as necessidades e dificuldades específicas. Em agosto de 2015, Maria Inez começou a visitar as escolas e fez assessoramentos identificando as dificuldades de aluno por aluno. “Com a ajuda de diretores, professores, pedagogos e as assessoras da Semed, conseguimos realizar um trabalho detalhado para ajudar na efetiva aprendizagem dos alunos”, comenta. Além do assessoramento e das intervenções na escola, Maria Inez ainda promoveu a formação direcionada aos educadores, num trabalho pedagógico que mostra, finalmente, resultados extremamente satisfatórios.


A assessora da Educação, pedagoga da Escola Municipal Joubert de Carvalho, Miriã Barbosa conta que Maria Inez praticamente formou as pedagogas. “Eu não tinha clareza sobre determinados assuntos antes dela nos orientar. Foi um trabalho detalhado e in loco que deu certo”. Maria Inez ressalta ainda que nada daria certo se não tivesse a confiança e a credibilidade de todas as pedagogas, professores e diretores durante as atividades. "Acredito que a maior dificuldade das escolas é realizarem ações diagnósticas que norteiem os trabalhos de intervenções. Quando analisamos com critérios e olhar pedagógico para uma determinada situação, toda solução fica clara e evidencia o caminho a seguir. Não podemos desvincular da ação pedagógica a análise de dados, pois é ela que nos dá subsídios para realizarmos ações mais efetivas".


Mais informações - O Ideb é calculado a partir de dois componentes: taxa de rendimento escolar (aprovação) e médias de desempenho nos exames padronizados aplicados pelo Inep. Os índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente pelo Inep. A Prova Brasil é sempre aplicada nos anos ímpares e divulgado o resultado nos anos pares. O Ano de 2022 foi escolhido como limite, pois o projeto inicial quer comemorar 200 anos da Independência do Brasil com todas as escolas no nível 6 - mínimo aceitável junto aos países desenvolvidos.
 
 Monica Cussi 
Comunicação SEMED

 
 
 

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