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Educação e Cultura

28/10/2015 - Fórum discute a interlocução de conteúdos sobre a afro-descendência e lança uma reflexão aos educadores

O prefeito de Uberaba, Paulo Piau, abriu IV Fórum de Educação, Ética e Cultura, nesta terça-feira (27) falando sobre um projeto de Lei que encaminhada à Câmara Municipal, para as cotas no trabalho. Esta proposta, mesmo ainda em tramitação, já está sendo aplicada no concurso público da Prefeitura, que reservará 20% das vagas para cotistas. O Fórum foi organizado pela Diretoria de Apoio à Educação Básica e Departamento de Formação Profissional (Casa do Educador), da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), com o tema “Afro-consciência na educação de Uberaba”.


 A secretária de Educação, Silvana Elias, lançou uma reflexão aos educadores, sobre o lema da SEMED: “Escola do Caminho: vereda que ensina, humaniza e transforma”. “Será que estamos mesmo transformando? Será que nós adultos não precisamos rever o que estamos fazendo? Somos humanos com nossos colegas e alunos? Que sejamos um único povo a serviço da justiça pela Educação”.


A palestrante professora Mestre em Educação Rosa Margarida de Carvalho Rocha fez uma abordagem rápida e contundente sobre a aplicação das Leis Federais 10.639/03, complementada pela 11.645/08, que propõem a inclusão do ensino de história da áfrica e da cultura afro-brasileira, africana e dos indígenas nos currículos oficiais. Mas para ela, a inserção da cultura africana não pode ser feita em eventos e projetos esporádicos, e sim e agregar este estudo a disciplinas como matemática, literatura, geografia. “É necessário ampliar, tirar alguns conceitos cravados no senso comum. A lei não é um modismo, não e uma corrente política. Ela garante direitos da Constituição. Tratar a Lei 10.639 é assunto escolar e torna a escola contemporânea”, avalia.


Durante a palestra seguida de debate, foram abordados os erros cometidos dentro das escolas em relação à aplicação da Lei, como uma festa da família na escola do neto dela, onde ele fez uma homenagem aos pais. Neste caso, os pais estavam estampados em uma figura colada na blusa do menino, coloridos de amarelo, sendo que o menino é negro. “Aqueles pais não representam os pais do meu neto”, diz. Outro exemplo simples, aplicado à educação é quando se fala do lápis cor da pele: “cor da minha pele não é. Todas as peles são dessa cor?”, questiona.


Rosa Margarida ainda abordou o que deve ser feito para inserir a educação que vise difundir as questões étnico-raciais, como nos materiais e ambiente escolar, currículos e programas, relações aluno/professor e com a comunidade e atividades e rituais pedagógicos. “A diversidade tem que ser tratada como direito. Pessoas têm o direito de ser diferentes. Não estou falando em parar o conteúdo diário para aplicar a história dos afro-descendentes, mas sim fazer a interlocução entre os conteúdos que já trabalhamos e os conhecimentos étnicos-raciais. Precisamos de uma comunidade sustentável onde todos poderemos ser felizes”, completa.


 Jorn. Monica Cussi

Comunicação SEMED 27/10/15

 
 
 

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