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Educação e Cultura

19/12/2013 - O Midas das Pedras será lançado nesta quinta, no Mada

Lançamento do livro integra programação do Natal da Gente e contará com apresentação de Saxofone e Violão com músicas alusivas ao Natal

 

O Natal da Gente tem na programação desta quinta-feira “Saxofone e Violão com músicas alusivas ao Natal, no Museu de Arte Decorativa (Mada), às 20h”. Durante a apresentação acontece o lançamento do livro infanto-juvenil “O Midas das Pedras”, de José Otávio Lemos, artista multimídia, com texto e ilustrações do autor, tendo o filho de quatro anos, Pedro Otávio Patrício Lemos, como co-autor nas ilustrações. Ou seja, pai e filho trabalharam a quatro mãos nas imagens que ilustram uma versão nova de Midas.

A estória clássica de um rei que transformava tudo em ouro quando tocava, vem com um roteiro bem diferente. No entanto, no Midas das Pedras, um menino que não deseja perder as pessoas e coisas que ama, após uma concessão especial, começa a transformá-las em pedras com o simples encostar dos seus dedos.

José Otávio e Pedro Otávio, recentemente, já haviam sido parceiros no livro Hugo, o Draculindo. Mas nele, o pai escreveu e o filho ilustrou. Neste Midas, nota-se perfeitamente as interferências do menino sobre o desenho do pai, que já é um artista de mais de 40 anos de atividades nas artes plásticas, premiado em muitos certames, bem avaliado por críticos de renome.

“O aspecto poético das obras de José Otávio Lemos prende-se ao visionário, que se move no seu interior. É uma dimensão íntima: sua imensidão íntima. Cada obra de J.O. é um microcosmo de sua imensidão interior. A imensidão é um microcosmo de sua imensidão interior. A imensidão é categoria poética do seu devaneio”, diz Alberto Bentenmuller sobre o autor. Já Vicente de Pércia, em outra análise sobre a obra do artista, “Atrevo-me a dizer que a obra de José Otávio Lemos possui força no uso correto do instrumental, fixando sua assinatura no fazer, na correlação com o todo. Isso lhe permite viver a simplicidade do campo, o barulho e a turbulência de nossas cidades, a alegria, a morte, o sofrimento, o amor, a felicidade – a vida.”.

O livro vem com um texto fácil de ser lido e entendível por crianças e adultos. É uma narrativa do quanto é difícil encarar o destino real de todos que nascem, e, certamente em um dia, descobrir que terão de estar também com a morte numa convivência. E o autor lembra, falando sobre isso, de versos de Fernando Pessoa: “Não sei se é sonho, se realidade, / de uma mistura de sonho e vida.” “A quem sonha de dia e sonha de noite...”

O crítico de arte, Marcus de Lontra Costa, numa apresentação sobre o trabalho de José Otávio registrou: “O artista é, antes de tudo, um ser humano que domina o instrumento do tempo para poder trabalhar e investir nos territórios da dúvida, da incerteza, nos vagos e imprecisos limites que unem a ciência e a fantasia, a realidade e o mistério, a clareza e a paixão”.

E paixão é um forte componente da literatura de José Otávio. Nota-se claramente o valor da família durante todo o texto desenvolvido contando a nova estória com um personagem chamado de Midas da Silva. Ele tem pai, mãe, avós, tios, primos, padrinhos... Midas é um menino possível de nascer em qualquer lar, e de tornar a vida de todos mais bonita.

Vários autores já utilizaram personagens crianças para levar uma mensagem de um mundo possível de melhoras. Exupery com O Pequeno Príncipe. Maurice Druon com O Menino do Dedo Verde. Dois ótimos exemplos disso, e que José Otávio Lemos revela serem obras que o impressionaram muito em diferentes épocas da vida dele, e permanecem firmes para indicações de bons livros.

O Midas das Pedras tem muitas situações e poderá levar os seus leitores a diferentes descobertas. Como bem escreveu Marcus Lontra Costa, José Otávio, no seu dia a dia, faz da sua realidade cotidiana “um instrumento sensível e provocador, uma experiência universal de ver e sentir a arte, de intuir e perceber a inteligência contemporânea. Conquistar o rio, as pedras, o mar, nossa terra: eis a estratégia adequada, eis o privilégio de ser daqui, e do mundo, eis o brilho que nos faz parceiros da modernidade. Essa é a lição que a obra coerente e lúcida de José Otávio Lemos lega aos seus contemporâneos e ao futuro”.

Várias das criações de José Otávio Lemos e Pedro Otávio Patrício Lemos feitas especialmente para o livro estarão expostas no local do evento, que conta com a assinatura da Fundação Cultural de Uberaba e acontece no Mada, às 20h. Haverá ainda a apresentação musical Saxofone e violão: músicas alusivas ao Natal.

 

Jor. Maria das Graças Salvador

 
 
 

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