A Amvale (Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Rio Grande), em parceria com a Editora Positivo e apoio da Casa do Educador/Secretaria Municipal de Educação promoveu nesta quinta(20), palestra sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com palestra da professora, filósofa e consultora educacional em Gestão e Políticas Educacionais, Zita Lago.
Ela pontou alguns dos maiores desafios da aplicação da BNCC nas escolas, aproveitando a presença de secretários de Educação e representantes de cidades da região, compreendidas pela Amvale. “É uma polêmica, porém não estamos inventando moda não! São metodologias inovadoras. Não vamos tratar a educação da mesma forma como se tratou até aqui”, diz.
A BNCC é um desafio para os profissionais do magistério e está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, como uma inovação ao currículo escolar e um desafio para o aprendizado. O documento define a linhas gerais do que os alunos das 190 mil escolas do país devem aprender a cada ano. É considerada fundamental para reduzir desigualdades na educação no Brasil. Países desenvolvidos já organizam o ensino por meio de bases nacionais.
A secretária de Educação de Uberaba, Silvana Elias enfatiza ser esse o melhor ponto da BNCC: um marco legal, de caráter global, que traz igualdade no tratamento à educação, de Norte a Sul. “Não se pode ignorar o contexto sociocultural no cumprimento do documento, onde cada município deverá se adaptar. Precisamos qualificar os profissionais, para que possamos cumprir as determinações. Quem transforma essas leis é o profissional da educação. É um avanço”, completa.
Renata Cintra Ribeiro, secretária de Educação de Santa Juliana, considerou a palestra excelente para sanar algumas dúvidas de pontos polêmicos da BNCC. “A tendência é que, daqui pra frente, possamos aprender mais sobre um novo jeito de educar”, ressalta.
A professora Zita explicou um pouco sobre a temática, que tem causado inquietação aos gestores e comunidade. Para ela, são diretrizes mais dialogais, trazendo a necessidade de que se repense as realidades mutantes, respeitando as perspectivas dos jovens que vão para a escola com outros olhares e perguntas. “Até aqui, a escola ensinou. Daqui para frente, ela terá que aprender”, finaliza.
Monica Cussi
Comunicação Semed/PMU